Se você é fã da gelada, já deve ter se perguntado quem criou a cerveja. Essa iguaria não nasceu no Brasil, mas caiu no gosto da galera. Conheça mais da história da cerva aqui!
Poucas histórias têm tantos personagens e períodos como a de quem inventou a cerveja. Parece até uma lenda contada por sua avó, mas a breja que conhecemos hoje já passou pelos egípcios e monges até chegar gelada ao nosso copo.
E contar essa jornada, que se confunde até mesmo com a história da humanidade, não é dos processos mais fáceis, mas é tão saboroso quanto uma IPA gelada.
Fique tranquilo: eu vou te contar tudo o que você precisa saber da história da cerveja, desde sua criação até mesmo o processo que a trouxe ao Brasil. Então, senta, que lá vem história!
Quem inventou a cerveja?
Antes de começar a responder essa pergunta, faz um exercício comigo: feche os olhos por cerca de cinco segundos e tente colocar na mente uma imagem que te lembre uma cerveja.
Feito? Pois bem, possivelmente nela está um grupo de amigos reunidos, brindando e batendo papo, né? É a descrição mais comum que temos em nossa cabeça, quase sempre associando a bebida a um grupo de homens reunidos. Mas saiba que, na verdade, ela sempre esteve relacionada às mulheres, e foram elas as responsáveis pela invenção da cerveja.
O mestre Cervejeiro Maurício Beltramelli, em seu livro “Cervejas, Brejas e Birras”, conta que as primeiras evidências de produção da cerveja datam de 3.400 a.C, na antiga Mesopotâmia — região hoje que corresponde ao Iraque e parte da Síria, Irã e Jordânia. Entre os rios Tigre e Eufrates, os sumérios, tinham na “Sikaru”, como era chamada por eles a breja, parte de sua cultura.
A invenção da “Sikaru” iniciou-se de forma aleatória, como quase tudo na vida. Como os homens eram destinados à caça e à guerra, às mulheres coube a responsabilidade de colher os grãos para alimentar seus filhos e não deixar ninguém passando fome.
Conforme o tempo foi passando, elas perceberam que, ao misturar esses grãos às ervas e à água disponíveis, e colocá-los para cozimento, surgia um suco com uma fermentação natural bem gostosa.
E não bastasse ser bem gostoso, esse líquido deixava a galera que bebia dele bem feliz, mais ou menos como acontece hoje quando você reúne a galera pra uma resenha. Com o tempo, elas passaram a aprimorar a produção dessa bebida, que fez sucesso na região, tornando-se parte da cultura suméria e sendo usada até mesmo como moeda de pagamento para trabalhadores.
Começava, ali, a história da cerveja!
Primeiro processo de fabricação da cerveja
Como te contei, quem inventou a cerveja foram as mulheres sumérias. E, assim como sua descoberta, o primeiro processo de fabricação da cerveja (ou Sikaru, como era chamada naquela época) se deu pelo acaso, sendo aprimorado com o passar do tempo.
O processo inicial de fabricação envolvia a fermentação da mistura dos grãos com a água. Elas ferviam essa mistura e, em seguida, a deixavam fermentar por dias, até que sentiam que o líquido ficou encorpado o suficiente para ser servido.
Depois, com a popularização da bebida, que passou a ser utilizada em rituais religiosos e como moeda de troca, foram criadas espécies de “cervejarias”, que começaram a dar um toque a mais em todo o processo
Essas “cervejarias” passaram a fazer a produção da “Sikaru” em larga escala, mesmo que artesanalmente, incluindo, aos poucos, alguns ingredientes novos para dar sabor, como mel e especiarias.
As técnicas de fabricação passaram a ser transmitidas de geração em geração, estabelecendo as bases pra gelada que conhecemos hoje. Legal, né?
Como a cerveja se popularizou?
E uma bebida tão gostosa como a “Sikaru” não ficaria presa aos limites da Mesopotâmia, né? Com o passar do tempo, a cerveja fez sucesso com quem ia pra lá ou mesmo com os sumérios que viajavam para outras terras. Assim, não foi difícil para a breja romper fronteiras e chegar aos egípcios, que ficavam ali do lado.
Escritos egípcios descrevem a cerveja como uma fonte segura de energia e nutrientes, o que fazia dela uma bebida essencial na dieta. Ou seja, era quase um “pré-treino” para alguns dos soldados.
Outro ponto para sua popularização nos arredores do Rio Nilo, é que ela se tornou uma alternativa mais segura à água — uma vez que, ao ser fervida durante o processo de fabricação, ela eliminava microrganismos prejudiciais.
Mas foram os monges que desempenharam um papel fundamental em receber e passar adiante as técnicas de fabricação de cerveja. Eles adotaram a breja pra substituir em larga escala o consumo do vinho, uma vez que muitas das regiões mais ao Norte da Europa tinham dificuldades de plantio de uvas.
Assim, nos mosteiros, ela tornou-se sagrada e passou a ser entregue a um povo que pouco tinha acesso a ela, o que aumentou sua popularidade.
E se falamos de popularização, não podemos deixar de lado o papel fundamental da Revolução Industrial nessa história. Se antes falamos das primeiras produções em grande quantidade lá entre os sumérios e monges, o que se passou a ver com a chegada das máquinas foi uma fabricação padronizada em escala ainda maior, ajudando a cerveja a alcançar tabernas e lugares inacessíveis.
Outro ponto que não podemos negar é que o consumo de cerveja ao longo dos milênios sempre esteve relacionado à cultura de cada povo, sendo presença constante nos festivais, casamentos e aniversários. Basta ver que nos filmes, séries e livros de época, não é raro ver alguém festejando com uma caneca da loira na mão.
Por isso, podemos dizer que não existe um único inventor ou responsável pela popularização da cerveja, mas, sim, vários que deram seu toque adicional à receita, refinando a bebida, criando novas fórmulas e diversificando nossa “breja” ao longo dos séculos.
Evolução da cerveja até os dias atuais
E como eu venho te contando, desde o povo sumério, até os dias de hoje, a breja passou por um grande processo de mudança ao longo dos séculos.
Se pudéssemos resumir, na antiguidade a cerveja era frequentemente produzida de forma caseira e variava conforme os ingredientes locais que eram colocados na receita original. Com o tempo, principalmente após a Revolução Industrial, a bebida ganhou produção em massa e maior diversidade de estilos e ingredientes.
Até que chegou o Século XX. O avanço da tecnologia, dos estudos e do acesso aos mais variados estilos ajudaram na popularização das cervejas populares e das artesanais, resultando em uma explosão na diversidade de brejas disponíveis.
Assim, as pequenas cervejarias começaram a experimentar ingredientes e técnicas das mais diversas e ousadas, dando origem aos mais variados estilos, de IPAs a cervejas envelhecidas em barris de carvalho.
Atualmente, a cerveja é integrante da cultura em todo o mundo. A diversidade de estilos de brejas é cada vez maior, com cervejarias artesanais e comerciais competindo para produzir bebidas exclusivas e inovadoras.
E como bem dito por Maurício Beltramelli em seu livro, a evolução da cerveja até chegar gelada ao seu copo pode ser explicada pelos avanços na tecnologia de produção, mas também pelas mudanças nas preferências e na cultura de consumo.
E toda essa evolução e inovação pode ser encontrada na palma da sua mão: no app ou site do Zé Delivery.
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