Conhecida por ter um sabor mais amargo, teor alcoólico mais alto e também ser mais encorpada, a cerveja IPA agrada o paladar até dos cervejeiros mais exigentes. Vou te contar sobre suas variações, como a Session IPA e a American IPA, e te mostrar com quais pratos esse estilo combina.
Famosa no mundo cervejeiro, a cerveja IPA é uma das queridinhas de quem aprecia uma boa gelada e ama degustar sabores diferentes.
Em geral, o que a diferencia das outras é o seu gosto marcante, que se deve à uma dose extra de lúpulo, principal ingrediente das cervejas. O que muita gente ainda não sabe é que IPA é um acrônimo para India Pale Ale e possui uma história bem interessante.
Esse nome surgiu quando, no século XVIII, os ingleses que colonizaram a Índia decidiram adicionar uma dose extra de lúpulo para que as bebidas chegassem conservadas ao país. Isso originou o estilo, que até hoje é consumido no mundo todo. Vem comigo que te conto melhor como isso se deu!
Qual a origem da cerveja IPA?
A história da IPA começou há muitos séculos atrás, quando os ingleses viajavam da Europa até à Índia para explorar o país. Nessa época, eles já tinham o hábito de beber álcool e já produziam a Pale Ale.
Só que ao transportar a cerveja de um país para o outro, sem o cuidado com as condições sanitárias, o líquido ficava insalubre e todas as bebidas estragadas.
Foi pensando nisso que os ingleses decidiram aumentar a dose de lúpulo, o que culminou em uma maior longevidade do líquido e também num aumento do teor alcoólico. Ou seja, a cervejinha ficou ainda mais forte (amarga) e saborosa. Esse feito é mérito de um cervejeiro chamado George Hodson.
A cerveja IPA chegou no Brasil em 1996, mas só foi ganhar popularidade na década de 2010, quando o brasileiro se encantou pelo seu sabor marcante, surpreendendo muita gente que pensava que a bebida não combinaria com o clima quente do nosso país.
Quais as características e sabores típicos da IPA?
Agora que você já sabe a origem dessa cerveja, que tal entender melhor suas características?
De modo geral, as IPAs têm sabor mais amargo e também um cheiro de lúpulo mais forte. Esse aroma pode variar entre o cítrico, o floral, o frutado e até o terroso, a depender de qual lúpulo foi usado. Já a coloração desse tipo de cerveja pode variar desde o caramelo mais forte até o âmbar, e vai ser determinada pelo malte escolhido.
O teor alcoólico também costuma ser diferente das cervejas tradicionais, sendo mais alto e variando entre 7% a 10%. Por isso, na hora de tomar sua IPA bem gelada, vale a pena mesclar com um copo de água para evitar a ressaca, beleza?
Outra diferença importante é que esse tipo de cerveja tem um final seco e limpo, ou seja, sem residual de doçura maltada. De forma simples, isso significa que ao beber essa breja você não vai sentir aquele docinho na boca e sim, o gosto do amargor.
Quais os principais estilos de cerveja IPA?
Agora que você já entende as características de uma cerveja IPA, chegou a hora de entender os subtipos que existem.
Ao todo são mais de 10 variações deste estilo, entre eles: American IPA, English IPA, West Coast IPA, Belgian IPA, Coffee IPA, Black IPA, Session IPA, etc. Escolhi as mais conhecidas e quero te mostrar a diferença entre elas.
- American IPA: Uma das mais tradicionais, tem aroma mais cítrico e floral que contrasta perfeitamente com um amargor mais forte.
- English IPA: essa é a versão repaginada da cervejinha, que deu origem ao estilo. Ela tem teor alcoólico mais baixo (cerca de 6%) e muitos lúpulos ingleses mais herbais e terrosos que lembram os famosos chás ingleses. O amargor também é mais suave, ideal para quem gosta de uma bebida mais leve.
- Session IPA: leve, saborosa e com teor alcoólico baixo, esse estilo é perfeito para quem gosta de tomar uma cervejinha todos os dias no almoço ou no jantar. Por ser uma cerveja mais leve, ela não dá aquela sensação de empachamento e também acompanha bem o churrasco no fim de semana. Quer experimentar uma? Então, aposte na Capapreta que você encontra aqui no app!
- Black IPA: agora, se você prefere cervejas mais encorpadas, a dica é escolher a Black IPA que tem corpo escuro e malte tostado mais forte. Mas, para não ficar totalmente amarga, ela recebe menos lúpulos.
Com tantas opções, tenho certeza que não vai faltar cerveja gelada para você experimentar, não é mesmo? Mas para a degustação ficar ainda melhor, a dica é investir no copo certo! Para as IPAS, prefira aquele copo tulipa que tem boca arredondada e estreita, mas um corpo mais largo.
Qual a melhor cerveja IPA?
Entre os estilos de cerveja, a IPA certamente é uma das favoritas do público, mas qual a melhor entre elas? A resposta para essa pergunta vai variar de acordo com o gosto de cada consumidor, porém as American IPA e Session IPA não fazem feio e costumam agradar a gregos e troianos.
Se você nunca tomou nenhuma IPA, a dica é tentar experimentar uma de cada. Assim, você vai conhecendo os diferentes sabores e descobrindo quais te agradam mais. Dá uma olhada nos rótulos que separei e que podem ser interessantes para você começar a degustar a cerveja IPA:
Goose Island IPA
Essa opção é bem legal para quem quer entender como é o sabor diferenciado da IPA. Goose Island IPA tem um aroma frutado é feita com malte médio seco e acabamento de lúpulo longo. Seu teor alcóolico é de 5,90% e ela combina muito com queijos, hambúrgueres e carnes vermelhas.
Patagonia IPA
Você encontra esse rótulo de várias formas, desde as latinhas de 350ml às garrafas de 750 ml, perfeitas para compartilhar a breja com a galera.
A Patagonia IPA possui coloração acobreada, aroma frutado e cítrico e toques herbais. Como comentei sobre o estilo, ela tem um amargor marcante, beleza? Mas continua uma cerveja refrescante e uma ótima opção para comer com queijos, carnes e pratos picantes.
Wals Hop Corn IPA
Pensa em uma cerveja diferenciada! A Wals Hop Corn IPA é uma bebida com aroma cítrico e um amargor bem equilibrado. Além de 4 lúpulos e milho na sua receita, ela possui dry hopping de centenn no seu processo de fabricação.
Para quem não sabe, o dry hopping é um processo usado na produção da breja onde o lúpulo é adicionado durante a fase de fermentação ou maturação, em vez de ser inserido na fase de fervura. Essa técnica tem esse nome porque o lúpulo é adicionado a frio, geralmente quando a fermentação já está quase completa, sacou?
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